O Esporte que faz amigos

Esporte da Malha

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A Evolução histórica do Esporte da Malha

02-07-2021 14:24

A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO  ESPORTE DA MALHA

 

DA FERRADURA AO AÇO POLIDO…

DO MARCADOR DE PONTOS DE MADEIRA AO PLACAR ELETRONICO…

DAS CANCHAS DE SAIBRO E AREIA, ÁS LINDAS CANCHAS PINTADAS SOBRE PORCELANATO LÍQUIDO E COBERTAS DE MICROESFERAS DE POLIETELENO.

 

Eu, Edgard Martins conhecido como vô ED, não poderia deixar de escrever um pouco sobre a Evolução do Esporte da Malha.       

                                   

                                      ORIGEM

A malha é um jogo de origem antiga. A sua prática em Portugal é relatada em documentos desde que começaram a ferrar os cavalos do exército romano.

Para ocupar as horas de lazer nos acampamentos, os soldados tiveram a ideia de aproveitar as ferraduras imprestáveis. 

É provável as populações autóctones (Pessoa que nasceu na região ou no território em que habita), Celtiberos e os Lusitanos, terem também praticado, talvez antes deles, jogos de pontaria com concas, ferraduras ou pedras roladas, pois este tipo de jogos, conhecido sob o nome genérico de "jogos de concas", é corrente nos países de cultura celta e assimilados, como a Bretanha (Jeux de talets), Espanha (Galiza e Cantábria) (Tanguilla) e a Grã-Bretanha (Horseshoes eShove ha'penny).

A popularidade do jogo é tal em Portugal nos séculos XVII e XVIII que o padre Raphaël Bluteau, pregador da Rainha Ana de Grã-Bretanha, define o Jogo do Fito no seu Vocabulário Português e Latino em 1713 :

"Fito - um pauzinho fincado no chão, coisas que atiravam os antigos em diferentes jogos.

Fito também se chama o jogo em que se põe um tijolo em pé, a que se atira para o derrubar ou para ficar mais perto dele. Parece-me que se pode usar destes termos por ter este jogo alguma semelhança com o dos antigos atletas romanos

Jogava-se malha em França, mais especificamente no reino-ducado de Bretanha e nas regiões limitrofes (VendeiaMayenne), na Itália, em tempos muito antigos e que não estão bem determinados.

Fala-se no Jogo da malha, em 1490, mas a prova legal da sua existência vem de um documento francês de 1644. 

A primeira ocorrência literária é quando François Rabelais faz jogar Gargantua com uma conca gigante, no livro Gargantua (1532). Capítulo XXIII “Os divertimentos de Gargantua”.

(definição ou significado da palavra Conca: A conca da orelha, pedra, pedaço de tijolo ou peça de ferro usado no jogo de malha)

Hoje os jogos franceses de pontaria mais aparentados com o chinquilho são a galocha bigoden, o jogo de ferraduras (jeu du fer à cheval) e a Petanca no Sul do pais.

Exportado na América do Norte, a popularidade do jogo de ferraduras nos Estados-Unidos, chamado horseshoes, é a comparável à da Petanca em França, ou à do jogo da malha em Portugal ou no Brasil.

Em Portugal, este desporto (e dum modo mais geral o arremesso de ferraduras) sempre foi muito popular com o nome de chinquilho normalmente jogado após um dia de trabalho, ou ao domingo, serve para confraternizar, passar um momento de divertimento e companheirismo. Inicialmente, o jogo é o apanágio da arraia-miúda, ou do povinho.

Traços disso são perceptíveis na linguagem usual, nomeadamente no verbo achincalhar (i.e. ridicularizar, escarnecer, rebaixar, humilhar), derivado do jogo do chinquilho, passatempo tradicional das classes mais desfavorecidas.

Do ponto de vista das classes médias e superiores, quem se prestava a jogar ao chinquilho em público, no meio do "povão", rebaixava-se ou seja, « achincalhava-se ».

Em certas regiões, os terrenos e jogos de chinquilho foram e são consagrados a Nossa Senhora do Chinquilho, frequentemente invocada pelos jogadores. Aparecendo muitos jogos semelhantes ao Esporte da Malha como exemplos:

Jogo da Relha, na Cidade de Outeiro, aldeia Transmontana.

O jogo do fito que é uma variante nortenha do chinquilho, criada por pastores, praticada assiduamente em todas as aldeias do distrito de Bragança

No Brasil, o Jogo da Malha, tanto como o de ferraduras, foi introduzido por imigrantes  portugueses. Documentos apontam que já no período colonial jogava-se malha em todo o país.

No Estado do Rio Grande do Sul, encontramos a TAVA ou Jogo do Osso, um jogo de origem Asiática.

Esse jogo chegou à bacia do Prata através dos espanhóis, já existindo referencias bibliográficas a ele no ano 1620.

E a TETARFE que é o resultado da junção de 4 (quatro) modalidades esportivas (TEJO, TAVA, ARGOLA e FERRADURA), SENDO APROVADO NA 54ª Convenção Tradicionalista realizada na Cidade de Irai/RS em julho de 2001.

Esses esporte era praticado por volta de 1768 na Cidade de Rio Grande.

Aparecendo alguns jogos semelhantes como Horseshoes (Jogo da ferradura) Shove há penny (Jogo da moedas), o Shuffeboard, o Quoti-endoo e na França um jogo aparentado como “jeu du fer ã cheval) praticado por adultos e crianças.

Citados em trabalhos como:

Análise biofotogramétrica em praticantes da modalidade Malha – Divulgada pela Revista Digital EFDeportes.com – Buenos Aires – Ano 18 – nº 181 – Junho de 2013 (https://www.efdeportes.com).

Tese da Sociabilidade em um Clube de Malha: Perspectiva antropológicas sobre o jogo, masculinidade e envelhecimento por Ingrid Ferreira Fonseca, da Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia – Departamento de Antropologia de Pós-Graduação em Antropologia – PPGA, Niterói/2015.

Revista do Departamento de Educação Física e Saúde e o Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul/ UNISC – ano 16 – volume 16 – nº 4 – outubro/dezembro/2015 – elaborada por Thaiane Bonaldo do Nascimento (E-Mail: thaianebonaldo@yahoo.com.br).

 

 

Trabalhos sobre a Malha: Aspectos históricos, características da modalidade, regras, benefícios decorrentes da prática, pela professora  Ms.Rita de Cássia Fernandes, da Academia de Ensino Superior/AES de Sorocaba/SP de 2007.

Paródia “Villegiaturas Elegantes” de Fernando Correia de Oliveira – Lisboa/PT de 07/09/1903.

Tela “Jogando Malha – 1845” de James M.Robert Greenlles – óleo sobre tela – 56x122cm – 1845 (Clasgow Museuns Recaurce Center (United Kingdon)).

Escultura em homenagem ao Esporte chamado Tejo (Tejo, o explosivo esporte nacional da Colômbia). Localizada em Turmequé, berço do Esporte Tejo.

Filme “História que só existem quando lembradas” (Produção de Julia Murat-2011) Filmado num lugarejo fictício em Jabuatuva/MG, no Vale do Paraiso.

Nele podemos ver moradores deste lugarejo jogando malha de ferro numa cancha de areia.

Filme (Tá chovendo Hamburger – “Based on the Sony Picture jogo das Ferradura Animation Movie”)

Em diversos Filmes do Velho Oeste (Faroeste) onde vaqueiros aparecem jogando ferradura.

Portal do Professor “Conhecendo o Jogo de malha” – Autora: Adriane Silva Tomaz – Universidade Federal de Juiz de Fora/MG.

Projeto “Malha Mirim” – Liga Baurense de Malha e a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Bauru (SEMEL). Surgiu em 2004 a 2015 e com apoio do Fundo Municipal de Esporte em 2018 se estendeu a AAFIB (Associação Atlética Filhos de Bauru).

Em exibição pública no Núcleo Museológico do Castelo de S.Jorge em Portugal, datadas do Século XI-XII, um conjunto de malhas feitas de cerâmica e utilizadas por quem lá viveu e jogou a este jogo milenar.

A G.M.M. (Guarda Mirim de Mauá/SP) cujo o nome oficial é Centro de Integração Infanto Juvenil de Mauá/SP, iniciou um projeto destinado a formação de uma equipe para o Esporte da Malha Feminina Sub-16 da GMM, a convite da C.B.M. (Confederação Brasileira de Malha) com parceria  da A.M.M. (Associação de Malha de Mauá) o Sr. João Carlos, Presidente da L.S.M. (Liga Santoandreense de Malha) e o Professor Carlos Machado em Educação Física da GMM para participação oficial na Taça Brasil de Clubes campeões do Esporte da Malha

O Esporte da Malha é uma das principais modalidades esportivas do país e a paixão dos praticantes e torcedores por esse esporte é visível no dia a dia.

É comum encontrarmos indivíduos praticando esse esporte em seus Sítios, Fazendas, Chácaras, rua, ou no terreno ao lado do “Barzinho” tomando “uma” e aproveitando o fim de semana com os amigos para saber as novidades.

Nesses locais, ficam cheios de pessoas jogando malha, assistindo e comentando as partidas.

Juntos, comentam os lances, comemoraram a vitória e implicam com os colegas que torcem pelo time rival.

Por ser um esporte tão presente na vida dos brasileiros, é fundamental compreender sua origem e difusão no país.

Grande parte dos clubes brasileiros surgiram no primeiro quarto do século passado, sem finalidades financeiras, apenas para a prática amadora do esporte.

Vale destacar que vários clubes reconhecidos por sua grandeza na malha surginaram adentrando no mundo malhistico.

No Brasil, pricipalmente na Cidade de São Paulo.

Com o passar dos anos a Malha não era praticada somente perto de sua casa, mas também em vários Bairros da Capital, sendo praticada nas ruas da Lapa, Bom Retiro, Alto do Pari, Belém, Moóca, Cambuci, Ipiranga, podendo adiantar que se valendo de um assentamento em seu poder no Jardim América já se formava uma Associação (isso em 1931), a Eugênio de Lima que foi a primeira a ter sua praça de esporte iluminada.

No Bairro de Santana surgiu o C.M. Sant’ana e no Belém surgiu o C.M. Catumbi acompanhando a Eugênio de Lima.

Em Santana surgiu também o C.M. Vila Izolina, que também teve sua praça de esporte toda iluminada.

Assim foi o Esporte da Malha introduzindo-se em todos os recantos e se fazendo cada vez mais admirada, tornando-se um esporte muito praticado pelos Atlétas hoje chamados de “Malhistas”

Professor Carlos machado esclarece:

Tenho visto muitos praticantes usarem a palavra “Malheiro” para definir quem pratica o Esporte da Malha.

Mas eu acredito que a palavra correta deveria ser “Malhista.

Na língua portuguesa palavras que terminam em EIRO definem na maioria das vezes profissões....ex: Padeiro, Marceneiro, Pedreiro, etc. etc.

E os praticantes esportivos terminam com ISTA....ex: Futebolista, Voleibolista, Ciclista, Mesatenista, Enxadrista etc.. por tanto eu creio que “Malhista”seria o correto pata quem pratica o Esporte da Malha..

Havia muito prazer em jogar a Malha, acompanhada da rivalidade entre os competidores. 

A disciplina entre os disputantes era observada rigorosamente com um comportamento edificante por parte dos vencidos e vencedores que sempre esperavam maior sorte em outra partida ou a confirmação de sua vitória.

 Como a tradição de um esporte acompanha os acontecimentos nos anos, a Malha pode se orgulhar de ser o esporte que se conserva quase inatingível pela turbulência entre os atletas, associações ou mesmo em sua torcida, não aparecendo litígios de relevada importância ou atitudes disciplinares contra autoridades desportivas, embora não falte o entusiasmo bem como a rivalidade necessária entre as associações para o engrandecimento do Esporte da Malha.

Verdadeiros líderes detiveram em suas mãos o destino do Esporte da Malha.

Esse esporte tão generoso em simpatia, tão atraente pela conduta dos participantes, tão cheio de atração pela modéstia de sua prática.

Esses líderes, como verdadeiros ponta de lança abriram o caminho para a glorificação da Malha.

 “ESPORTE DOS HUMILDES NO PRINCÍPIO PARA SER O ESPORTE DE TODOS NOS DIAS DE HOJE”.

Assim é que vemos reunidos em quadro de superior moldura num período de transição e incertezas que passou a direção da Malha Paulista sem uma determinação superior que viesse orientar com precisão os antecessores que lideraram esse esporte.

Com a Fundação da Liga Santana precursora da atual Federação Paulista de Malha, iniciou-se a organização do desporto em São Paulo.

A Assembléia Geral das Associações do Bairro de Santana foi convocada em 1931 em meados de Abril com 15 dias de antecedência, para que as Associações tivessem tempo suficiente de se prepararem para a mesma, pois seriam considerados fundadores as associações que a ela comparecessem.

Assim naquele ano iniciou-se de maneira regular o desenvolvimento da Malha, reunindo-se nessa Assembleia as seguintes associações: C.M. Santana, C.M. Claudino Alves, C.M. Conselheiro Saraiva, C.M. Marechal Hermes, C.M. Chora Menino, C.M. Glicério, C.M. Vila Izolina, C.M. Vila Ladário e E.C.Malha Luztano. Este hoje com o nome de ECR Lusitano.

 Estas foram consideradas as associações fundadoras da Liga de Malha Santana.

 Foi eleita então a Diretoria para dirigir os destinos da nova entidade que passava a funcionar na Rua Conselheiro Saraiva.

A Diretoria era assim composta: Presidente - João Pinto Ferreira, Vice Presidente - Jaime Pinto Ferreira, Secretário Geral - Arthur Bastos, 1º Secretário - Fabiano Meyer, 2º Secretário - Adelino Ferreira Carvalho e Tesoureiro - José Joaquim Roque.

Como sempre ocorre não faltaram obstáculos para a nova entidade.

Duas outras Ligas foram criadas por interesse particulares no intuito de dividir o esporte bem iniciado.

A Liga capitaneada pelo City do Bairro da Lapa e outra fundada no Bairro do Catumbi
Entretanto o facho luminoso do desapego do interesse pessoal que tudo renuncia pelo bem do esporte e do interesse da coletividade, que brilhava na inteligência e no coração dos homens da Liga de Malha de Santana foi a muralha que serviu de anteparo ao golpe dos dissidentes.

Essas duas Ligas ofereceram o material para a têmpera esportiva da Liga de Malha de Santana e passada a prova enviaram ao Conselho Superior no Rio de Janeiro o Major Rômulo de Rezende, a fim de acertar com a Presidência da Confederação Brasileira de Desportos a criação de uma entidade Superior.

Em 10 de dezembro de 1933, o Sr. João Pinto Ferreirs reornando do Rio de janeiro, trouxe ordem expressa para a formação da Entidade Superios de Esportes dando como fundada a F.P.M. (Federação Paulista de Malha).)

Com o passar dos anos, houve o aumento da popularização do Esporte da Malha, o que deu inicio a dedicação exclusiva da Cancha de areia para porcelanato, das malhas de ferro fundido para malhas de aço polidas (verdadeira pérolas).

A F.P.M. (Federação Paulista de Malha) inicialmente, criou com aprovação dos Clubes Filiados criou Regulamentos.

O Esporte da Malha como identidade nacional foi bem sucedida.

Tornou-o um dos esportes mais popularizados do Brasil, passando de geração em geração pelas pessoas.

Os Amantes do Esporte da Malha (família e amigos, por exemplo), fazem com que essa modalidade esportiva se perpetue.  

 Outra mudança ocorrida foi a transformação tardia da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) para a Confederação Brasileira de Malha (CBM). Fundada em 06/11/2003, sendo a Entidade maxima do desporto, tendo sua atual sede no mesmo endereço da Federação Paulista de Malha, Rua Dona Germaine Burchard, nº 483 no Bairro de Água Branca no Município de São Paulo como presidente o Sr. Mauro Alves de Oliveira

A qui um breve histórico sobre os campeonatos disputados pelos Clubes brasileiros:

Para que o Esporte da Malha definitivamente se tornasse um elemento da identidade nacional era necessária a disputa entre os Clubes.  

O campeonato nacional iniciou no ano de 1971.

Em 15/01/1979 o Jornal “A Gazeta Esportiva” promove o X Popular de Malha e  em 11/03/1985 com a participação de Cubes da Capital e Interior.

O Jornal “Tribuna do Norte” da Cidade de Pindamonhangaba em 09/01/1992 divulga  a participação da Seleção Paulista de Malha, categoria Juvenil, onde sagrou-se Campeã.

Torneios como a Taça Brasil e o Torneio Nacional de Clubes, mas havia a indispensabilidade de fazer uma competição que integrasse o país inteiro.

 Então foi criado o Campeonato Brasileiro, apelidado de Sabatino CIPOZÃO em 06/05/1978. Elaborado pelo Presidente da F.P.M.na época Sr.Walter Sparatti (Cipó).

Não foi fácil chegar a uma unanimidade e ao longo dos anos, o torneio sofreu várias mudanças.  

Quantas equipes iriam disputar, como seria a forma de pontuação dos Clubes e o nome do campeonato, eram apenas algumas questões abordadas.

Porém, houve um acerto sobre o alinhamento das regras da competição.

Atualmente, ele é disputado na forma de pontos corridos, onde o clube que somar mais pontos vence.

A cada partida disputada, a equipe que vence ganha pontos.

Como muitos clubes , constantemente precisam viajar para cumprir as partidas das tabelas em diferentes Cidades.

Os Diretores, Jogadores e Simpatizantes e torcedores mais apaixonados pelos Clubes acompanham nessas viagens e com isso precisam comprar passagens para sua locomoção, pagar estadias em hotéis, enfim, acabam financiando do próprio bolso essas despesas.

Esses eventos em outros Estados e no Interior de São Paulo, o Esporte da Malha vêm cada vez mais ganhando o status de grandes eventos.  

Os Clubes, em sua maioria, possuem lojas para comercializar os produtos, locais para lazer e alimentação, estacionamento, uma linda e bela cancha, em ótimo estado e uma estrutura capaz de transformar o local em um palco para um verdadeiro show de lindos lances.

As lindas Canchas pintadas pelos verdadeiros Artistas tornaram-se uma nova maneira para os clubes se comunicarem com o seu público, além de serem novos pontos de patrocínios edivulgações. atuação de sampling (panfletagem, distribuição, amostras, degustação e outros materiais) e merchandising (entrega de brindes, por exemplo).

Em 1968, a primeira Cancha para o Esporte da Malha de terra batida e coberta de areia peneirada e com um cilindro pesado de concreto era socada nessa terra e que depois desse processo passava um rastelo de madeira e deixava a cancha pronto para o jogo, foi pintado pelo E.C.M.L. (Esporte Clube de Malha Luzitano), pelo seu Diretor Esportivo e Atléta, Sr. José Emílio Martins (Zezinho Barbeiro), cancha esta localizado na Rua Chico Pontes, número 695, no Bairro de Vila Guilherme/SP.

Os desenhos feitos nessa Cancha foram: o Brasão (Distintivo) da F.P.M. (Federação Paulista de Malha) e o Brasão  (Distintivo) do E.C.Malha Luzitano , localizados no meio da cancha e pintados com tinta a base de cal e corantes.

Esta linda pintura foi feita para o evento festivo do aniversário do Luzitano, e convidado para essa festividade o Presidente da F.P.M. (Federação Paulista de Malha) Sr. João Moretti, para dar o primeiro lance de uma malha.

Isso aconteceu num sábado (02/03/1968) com uma queima de fógos.

Já no domingo (03/03/1968) o Toneio do Aniversário com a participação dos Clubes convidados: Ladário, CMTC e Benfica)

A partir desta data a Cancha do Luzitano passou a ser chamado de: “A primeira Cancha Psicodélica para o Esporte da Malha”

 Essas são apenas algumas das estratégias que fazem das Canchas verdadeiras fontes de entretenimento e lazer para os seus Simpatizantes, pois oferece uma oportunidade de vivenciar de alguma forma cada espaço dela.

Todas essas competições que os Clubes disputam e a existência das Canchas, ressaltam mais uma vez a identificação com esse esporte.  

Mostram como as pessoas tornaram-se verdadeiros entusiastas dessa atividade Esportiva.

É justamente o Esporte da Malha  que pauta a rotina de muitas pessoas, gera lucro financeiro, faz nascer amizades.

  (O ESPORTE DA MALHA É O ESPORTE QUE FAZ AMIGOS) e eleva as emoções de seus amantes aos níveis mais altos.

A atuação do Esporte da Malha  dentro da cultura brasileira , definitivamente não é um esporte que se limita somente ás lindas canchas.

Toda a paixão envolvida pelos seus admiradores faz com que eles transcrevam o seu amor de várias formas.  

Fazendo uma rápida análise, basta reparar nas gírias e bordões malhisticos que são comumente utilizados na linguagem popular no dia a dia.  

Pense em quantas vezes já ouviu ou disse a expressão “essa queimou” quando algo por pouco não aconteceu?  

Lembre-se de quantas vezes já viu alguém imitar o narrador Galvão Bueno ao dizer  “haja coração” e pronunciar alguns bordões populares nesse Esporte como: esse tem braço duro, passa mais cêra nessa malha, bota sapo nessa canaleta, vai queimar, nessa “canaleta” até eu jogo, mede certo juiz, nessa cancha não tem “Jacaré”, cancha lisa como manteiga, ficar no dedo, essa vale seis, Rumbudo (Giria no meio dos “malheiros” como o pior jogador de malha, expressão carinhora dos cariocas pronunciarem), etc. etc.

 Esses bordões são apenas uma pequena amostra do quanto essa atividade física se faz corrente no cotidiano da população brasileira.

A paixão por esse esporte também é expressa na música. (Citado nas letras musicais de Manoel Monteiro Cavarches de Itú/SP)

Há também o Esporte da Malha, manifestada nas artes.

O uso de telas, pincéis e tintas, transcrevem em quadros cada lance vivido no esporte.

As obras artísticas são uma forma de expressão de amor pelo esporte.

Como exemplo, pode-se citar a pintura:

Tela “Jogando Malha – 1845” de James M.Robert Greenlles – óleo sobre tela – 56x122cm – 1845 (Clasgow Museuns Recaurce Center (United Kingdon)).

Bem como nas outras formas de expressão cultural, há também na literatura uma confissão de amor dos escritores por esse esporte.

São várias as passagens em que são relatam histórias .

No cinema existem vários filmes que relatam essa temática, além de documentarios.

Mas Escolas Federais, Estaduais e Muncipais.

Podemos ver também vários videos no Youtube.

A grande quantidade de adeptos nas redes sociais do Facebook.

Na Cidade de Macedo de Carvalho no Parque Municipal de Exposições.

A 1ª Copa de Malha Orlando Cezar “Landinho”

A grande quantidade de Seleções do Esporte da Malha em Jogos Regionais nas Cidades:

Estado de São Paulo: Americana, Aramaçãn, Araraquara, Bauru, Botucatu, Cachoeira Paulista, Cerquilho, Guarulhos, Itú, Jaboticabal, Jacarei, Lençois Paulista, Mauá, Santo André, São Bernardo, Olímpia, Osasco, Ourinhos, Pinheiral, Piracicaba, Presidente Prudente, Santos, São Carlos, São Sebastião, São Vicente, Suzano, Urupês e Votuporanga.

Estado de Minas Gerais: Belo Horizonte, Mar de Espanha, Itajubá, Ubá, Muriaé   e Rio Pomba.

Estado do Rio de Janeiro: Volta Redonda.

Estado do Paraná: Araponga, Santa Cecília do Pavão.

Estado do Mato Grosso: Arquidauana, Miranda.

Nos Estado, nas Cidades e nas sédes dos Clubes a bandeira é um estandarte.

A flâmula pendurada na parede. O distintivo (Brasão) na camisa do uniforme.

Provocando motivações que levariam simpatizantes a torcer pelo seu Estado, Cidade e Clube .

Normalmente no Clube é familiar, passada de geração em geração, mas podendo sofrer influências.

Para que ela aconteça, é necessário criar vínculos que são interligados com as experiências vivenciadas por essas pessoas

A relação com um clube envolve não somente a interferência de outros indivíduos, mas também as características associadas à determinada equipe.

Existem clubes que são conhecidos No Bairro, na Cidade e no Estado.

As torcidas são a materialização do status de um Clube.

A influência da torcida sobre os Clubes é muito grande.

O que move uma pessoa a atuar tão freneticamente por um Clube é o amor por ele, ainda que seja exagerado.

 Para uma partida do Esporte da Malha acontecer são necessários 4, 2 atletas em cada cabeceira da Cancha.

Torcer tornou-se uma experiência simbólica.

Os fãs desse esporte precisam vivenciar de perto cada momento vivido pelo seu Clube, desde as maiores glórias até as piores derrotas.

As canchas viraram locais de grande conforto, onde os lances dos jogos podem ser admirados.

Mais que um simples esporte de lazer, ele encontra-se na categoria de industrialização embutida no ramo do divertimento.

Oferece aos seus principais investidores, que são os torcedores, emoções e sentimentos de amor eterno pelos clubes.

A exibição do Esporte da Malha  na mídia ainda está para acontecer .

Se para uma partida acontecer são necessários meios: on-line dos blogs, redes sociais, sites da internet, nas locuções de rádio, nas matérias e cadernos especiais dos jornais e Revistas, principalmente nos programas de televisão.

As histórias proporcionadas por esse esporte são um dos pontos que encantam seus admiradores.

E para a prática desse esporte o Atléta deverá ter uma coordenação motora perfeita.

(Coordenação motora é a capacidade de usar de forma mais eficiente os músculos esqueléticos, resultando em uma ação global mais eficiente, prática e econômica. Este tipo de coordenação permite a criança ou adulto dominar o corpo no espaço, controlando os movimentos mais rudes.)

 Esporte da Malha tornaram-se um produto rentável para os Clubes, quando possuem um bom trabalho de marketing pessoal. Patrocínios, publicidades,

Devemos lutar pela Evolução do Esporte da Malha.

“Para ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalho sem fadiga, relacionamentos sem decepcões…

Ser feliz é encontrar força no perdão, valorizar o sorriso, refletir sobre a tristeza, usar o prazer para lapidar a dor.

Jamais desistir de nós, jamais desistir daqueles que amamos, jamais desistir de ser feliz, pois a Vida é um espetáculo de momentos imperdiveis, (Augusto Cury).

Amantes do Esporte da Malha sejam felizes.

 

Edgard Martins (Vô ED) – ano 2021